Lideranças dos movimentos sociais, sindicais e representantes das entidades de classe de Campo Grande se reuniram pela manhã na Sede da ACPMS – Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública para a leitura da Carta em defesa do estado democrático de direito, que já conta com mais de 900 mil assinaturas. Mais de 100 pessoas estiveram presentes no evento na Capital, que fez parte do movimento “Estado de Direito Sempre!”, marcado por manifestações em todo o país contra ataques à democracia.
Personalidades acadêmicas, científicas, docentes, jornalistas, trabalhadores entre outros, se reuniram em universidades e entidades sociais de vários estados para a leitura da carta intitulada “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”
A CARTA
Com grande repercussão na imprensa, a Carta é uma resposta da sociedade aos ataques dos atuais mandatários do governo federal contra o processo eleitoral e as urnas eletrônicas.
O texto lembra que, em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos cursos jurídicos no país, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos, e conclamava o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
Após os anos de ditadura – prossegue o documento – “nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude”.
Você pode ler a carta na íntegra e assiná-la em http://www.estadodedireitosempre.com