Na manhã desta quinta-feira (04), representantes da Aduems se reuniram novamente com a Secretaria de Administração e Desburocratização do Estado para novas tratativas a respeito da negociação de reajuste salarial. Essa negociação se dá devido ao pedido de 15% de reajuste feito pela categoria, que não foi atendido pelo Governo Estadual, que concedeu apenas 5% em decisão no mês de abril.
Na discussão, foi comentado que a premissa do Governo é a adoção do subsídio para a classe, sem descartar uma avaliação da proposta apresentada pelo sindicato para ver onde é possível avançar. “Para darmos uma resposta certeira, precisamos fazer um estudo, uma análise da folha, uma comparação entre o plano com o subsídio e o plano mantendo o sistema remuneratório de vencimento base. Assim, vamos analisar como é possível garantir a sustentabilidade para a carreira, com olhar nos cenários a curto, médio e longo prazo”, explica a representante da SAD, Lea Maria Ribeiro.
O presidente da Aduems, Esmael Machado, ponderou que o Sindicato defende o equilíbrio entre o salário inicial das carreiras na UEMS como um princípio nesta negociação. “Existe uma preocupação entre os filiados sobre a transição de vencimento base para remuneração por subsídio, além do temor sobre uma possível limitação para ascensão de todos até a última classe da carreira, caso se adote o modelo de tabela por letras. Se houver uma certeza de que não haverá limite de vagas até o último estágio da carreira, talvez consigamos avançar na negociação”, explica. No entanto, sem uma previsão de quando as melhorias terão validade, se forem acordadas, Esmael ressalta certa preocupação. “Se nós não tivermos uma sinalização mais precisa sobre prazos nesta negociação, existe uma tendência de mobilização da categoria. Hoje, somos uma das poucas carreiras que não aderiu a mudança na forma remuneratória e o governo precisa dedicar atenção especial a nossa situação. Gostaríamos que, até a próxima reunião, tenhamos gestos concretos que indiquem que a discussão levará a avanços significativos para a categoria”, finaliza.
A secretária de Administração, Ana Nardes, explica que este prazo é para estudos dos pedidos apresentados. “A previsão é de usarmos os meses de maio e junho para analisar os pedidos das carreiras, para que, até o início de julho, tenhamos propostas prontas para apresentar ao governador Riedel.”
Para os demais docentes presentes na reunião, a preocupação é que o impacto seja benéfico tanto para o trabalhador como para o Estado, já que o interesse de ambos é o mesmo. Para a professora Hellen Thais do Santos, da UEMS de Maracajú, “a categoria espera que, neste processo, seja considerado o que a Universidade fornece ao Estado. Nós criamos carreiras, fornecemos formação, educação, temos coisas grandes e valiosas a oferecer. Por isso, o interesse do governo deve ser o mesmo da Universidade, porque somos nós que iremos continuar fornecendo essa educação de qualidade, investindo na ciência, na tecnologia e precisamos atrair tanto docentes como estudantes para a UEMS”, cita e conclui: “Penso que nós tenhamos condições de chegar em um acordo muito produtivo e melhor que em outros estados do Brasil, para apresentarmos modelos, não cópias.”
Para a presidente da FESERP-MS, Lilian Fernandes, a opção, agora, é aguardar as simulações para cada cenário. “Na nossa visão e experiências passadas, o subsídio pode ser interessante. Mas, como se trata de uma negociação, precisamos receber todas as sugestões e analisa-las democraticamente, tendo sempre clareza de que todos precisam ser contemplados sempre”, comenta.
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