Manifestações ocorreram na quarta-feira, dia 18 de agosto
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Os atos contra a PEC 32 nesta quarta-feira (18) contaram com a presença de representantes da ADUEMS. Em Campo Grande, os manifestantes se concentraram em frente ao portão principal da UFMS às 9h e realizaram panfletagem, além de exibir bandeiras e cartazes.
Em Dourados, o ato se concentrou na Praça Antônio João, onde ocorreram ainda o preparo e a distribuição de alimento, financiada pelo Andes. Houve também panfletagem e exibição de cartazes e bandeiras. Em Aquidauana, a concentração se iniciou às 16h30 e ocorreu entre as avenidas Timóteo Proença e Mato Grosso do Sul. Também houve panfletagem.
O vice-presidente da ADUEMS, Volmir Cardoso Pereira, destacou as diversas ações que foram realizadas para convocar os filiados e alertar a população. “O Ato do dia 18 teve diversas ações de protesto e conscientização sobre os malefícios da PEC 32 em várias cidades de MS, além da publicação de outdoors, chamada na TV e mobilização nas redes. Infelizmente, as categorias do estado tiveram dificuldades em aderir à greve nacional”. Volmir também afirma que as mobilizações devem continuar. “Seguiremos tentando mobilizar os servidores e a população contra o desmonte do Estado brasileiro, mas precisaremos reagir com mais força, se quisermos barrar a PEC.”
O professor Dr. Marcelo Batarce, do curso de Matemática da UEMS, detalhou sobre as ações ocorridas em Dourados, que contaram com a distribuição de puchero em parceria com o Andes. “Contou com ADUEMS, Andes, Sinasefe, o grupo Alvorada do Povo, o Comitê de Luta de Dourados e lideranças indígenas. A gente fez panfletagem no Centro, pelo comércio, durante a tarde. No final da tarde, começamos a fazer falas no microfone, até umas seis [da tarde]. Quando começou a escurecer, a gente começou a distribuir o puchero, que a gente tinha num caldeirão com um fogãozinho elétrico, e os copos para tomar o puchero”.
Batarce também falou sobre a manifestação de solidariedade ao Padre Júlio Lancelotti, que vem sendo atacado pelo governador paulista João Doria e por militantes de extrema-direita. “A gente entregou para uns trabalhadores da Seara, para venezuelanos que estavam na praça, para aposentados e alguns outros trabalhadores. Nós levamos uma faixa ‘Somos todos Padre Júlio Lancelotti’, por conta da repressão do governo Doria, que quer retirar os moradores de rua de São Paulo e diz que o padre está incentivando as pessoas a ficarem lá”.
A professora Dra. Adélia Maria Evangelista Azevedo, do curso de Letras, relata que, em Aquidauana, a paralisação reuniu filiados de ambas as universidades públicas que possuem campus na cidade. “Foi um ato importante, foi bem pequeno, mas bem representativo porque estavam presentes os docentes da UFMS do campus de Aquidauana, juntamente com a professora Ana Paula, que é representante da ADUFMS lá e eu, que sou representante da ADUEMS”.
Adélia Maria destaca a importância de manifestações do tipo. “Foi um ato simbólico e representativo. Por ser uma área periférica de Aquidauana, tivemos algumas restrições. Mas foi bem importante como marco contra a PEC 32, em prol da permanência dos direitos dos servidores públicos, então foi um ato bem importante para nós”.
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Movimentações contra a PEC 32
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As manifestações fazem parte de um movimento nacional pela greve geral contra a Proposta de Emenda Constitucional 32/2020, a PEC da Reforma Administrativa. Se aprovada, a Reforma representaria um grande retrocesso para os serviços públicos e para os direitos dos trabalhadores de tais setores.
Enquanto ameaça a estabilidade e as condições de trabalho de servidores cuja média salarial é de 2.727 reais (dados do IPEA), a PEC 32 poupa militares, procuradores e juízes, que recebem os maiores salários e auxílios dentre o setor público.
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