A mobilização é nacional e em Dourados o protesto aconteceu na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), com o apoio da ADUEMS.
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Estudantes e trabalhadoras de todo país foram às ruas nesta terça-feira (18) para denunciar os constantes ataques a educação púbica brasileira e protestar contra os cortes de recursos que estão prejudicando a qualidade do ensino. A Aduems (Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) apoiou a ação realizada pelos estudantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) que fizeram uma programação de protestos na reitoria da universidade com exposição de cartazes, faixas, debates e caminhada pelas ruas.
O ato nacional foi convocado pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e a ANPG (Associação Nacional dos Pós- Graduandos) depois que o Ministério da Educação (MEC), no início do mês, comunicou o corte de R$ 2,4 bilhões, que impactaria e inviabilizaria o funcionamento de universidades e institutos federais em todo país.
Segundo o presidente da Aduems, Professor Esmael Machado, mesmo depois do recuo do Governo quanto ao confisco do orçamento das universidades, diante da pressão dos trabalhadores em educação, estudantes e da sociedade em geral, a ameaça às universidades ganhou o debate público e deixou todos mobilizados. “O clima nas universidades é inaceitável que as instituições vivam sobre constantes cortes, sem um projeto do MEC e do governo para que as entendam como estratégicas para o desenvolvimento do país. Isso é negligenciar o ensino superior e a educação básica”, afirmou o presidente.
Em nota a direção do DCE da UFGD (Diretório Central dos Estudantes) alertou que o ataque aos recursos da educação não foi somente direcionado às universidades e que o total de cortes na educação brasileira neste ano impactaram todas as áreas do MEC (FNDE, universidades federais, institutos federais, CAPES) para cumprir o orçamento secreto, o maior esquema de corrupção que o Brasil já viu.
De acordo com o secretário geral do DCE da UFGD, Eduardo Henrique Gimenes Custodio, nos últimos 10 anos, as universidades federais perderam 75% da verba destinada a investimento, ou seja, dinheiro que seria usado na compra de equipamentos, manutenção e em obras de infraestrutura. “O valor passou de R$ 2,78 bilhões em 2010 para R$ 760 milhões em 2019. Na UFGD, o orçamento atual é menor do que o praticado em 2019 e a tendência é que no próximo ano o valor caia ainda mais, dificultando o funcionamento da universidade. Já falta dinheiro para bolsas de permanência, para a compra de combustível e para serviços essenciais, como o atendimento psicossocial. Ademais, trabalhadores Terceirizados já estão sendo demitidos”, explicou o secretário.
A direção da Aduems esteve presente na ação representada pelo seu presidente, Professor Esmael Machado e seu vice-presidente, Professor Emerson Canato Vieira. Também estiveram presentes a representante da UEMS no ANDES, Professora Adma Cristhina Salles de Oliveira, o Coordenador Geral da DCE/UEMS, Reinaldo Rodrigues e o Carlos Leite, do Centro Acadêmico de Direito.
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