O 40º Congresso do ANDES-SN chegou ao fim na noite dessa quinta-feira (31). Foram cinco dias de muitos debates e deliberações, que irão contribuir para as lutas da categoria docente ao longo de 2022. O encontro contou com a participação de 642 docentes e foi realizado na cidade de Porto Alegre (RS), desde domingo (27). Nesta sexta (1), as e os participantes realizam, junto com demais categorias e movimentos sociais e populares gaúchos, um ato pelas liberdades democráticas e em defesa dos serviços públicos.
Regina Ávila, secretária-geral do ANDES-SN, fez a leitura das moções apresentadas que contemplaram diversos temas, entre a cobrança de justiça e resposta sobre os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, apoio à greve dos profissionais de Educação de Dourados (MS) e de Minas Gerais, solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores que enfrentaram a Covid-19 e seus efeitos, repúdio aos governos dos estados que se recusam a negociar com as e os docentes, como do Maranhão e de Minas Gerais, apoio à luta dos estudantes indígenas, contra os ataques à autonomia universitária na Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e contra o assédio praticado pelo reitor interventor da Universidade Federal do Ceará à comunidade universitária, entre outras. A plenária aprovou ainda uma moção em saudação à memória da professora Lisete Areralo, pedagoga docente da USP, referência na luta da em defesa da Educação Pública e popular, que muito contribuiu para as formulações do Grupo de Trabalho de Política Educacional do ANDES-SN.
Confira importante moção aprovada no Congresso sobre posições antidemocráticas na UEMS. Confira na íntegra:
MOÇÃO DE REPÚDIO
nO(A)s delegado(a)s presentes no 40º CONGRESSO do ANDES-SINDICATO NACIONAL, realizado em Porto Alegre (RS), entre os dias 27 de março e 01 de abril de 2022, manifestam seu repúdio a posição antidemocrática e autoritária do Reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e do seu Pró-Reitor de Desenvolvimento Humano e Social (PRODHS) no dia 26 de janeiro de 2022 (no decurso de uma reunião que traria orientações sobre mobilidade no regime de trabalho) e no dia 27 de janeiro de 2022 (no decurso da reunião conjunta do Conselho Universitário (COUNI) e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
nRepudiamos veementemente qualquer ameaça à liberdade sindical! Para além disso, não admitimos que se naturalize a restrição de acesso de qualquer pessoa – menos ainda de um representante classista – a uma reunião de caráter público no ambiente universitário. Destarte, uma vez que as falas pejorativas, caluniosas e antidemocráticas proferidas contra a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (ADUEMS) e o seu presidente, professor Esmael Almeida Machado, são um sinal do ambiente de escuridão que vem se espalhando pelo país, a presente moção de repúdio é também um chamado para que o ANDES-SN seja cada vez mais firme na defesa da democracia. Basta de interventores de Bolsonaro nas Universidades Federais, mas basta também daqueles que, silenciosa e deliberadamente, estão sabotando a democracia e a autonomia universitária.
nA presente moção de repúdio serve ainda para manifestar solidariedade as/aos docentes da UEMS, organizados/as na base do ANDES-SN junto a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (ADUEMS- seção sindical). Devemos rejeitar qualquer tentativa de diminuir a história de luta da Seção Sindical do ANDES e de cercear sua atuação legítima na defesa da categoria.n